Família aponta negligência do Samu após morte de bebê de 11 meses

A morte de um bebê de 11 meses na manhã deste domingo (13), no bairro Monte Castelo, em Tubarão, gerou forte comoção e levantou questionamentos sobre a atuação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A família da criança alega que solicitou ajuda médica diversas vezes durante a madrugada, mas não obteve o atendimento necessário.

Segundo informações divulgadas pelo portal HC Notícias, a mãe da criança entrou em contato com o Samu por pelo menos quatro vezes, relatando um choro intenso e fora do comum por parte do bebê. Mesmo assim, foi orientada de que não havia necessidade de deslocamento de ambulância ao local.

Sem receber atendimento, o estado de saúde do menino teria se agravado, e ele acabou falecendo ainda pela manhã. O corpo foi encaminhado ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO), que irá realizar a autópsia para identificar a causa da morte.

A família acredita que um atendimento médico mais rápido poderia ter evitado a tragédia. "Foi uma situação desesperadora. A mãe implorou por ajuda, mas disseram que não era caso de urgência", relatou um parente próximo.

Em nota, o Samu de Tubarão explicou que as chamadas da região são reguladas pela central de Criciúma e que o envio da viatura depende da avaliação de um médico regulador. Já o coordenador estadual da Central de Regulação de Urgência da Mesorregião Sul, José Nixon Batista, informou que solicitou a gravação das ligações e a ficha da ocorrência para apuração detalhada do caso.

A situação está sendo investigada e deve contar com a análise técnica dos registros telefônicos e do laudo da autópsia. Até o momento, não há posicionamento oficial sobre eventuais falhas no protocolo de atendimento.

O caso causou grande repercussão na comunidade e reacendeu o debate sobre a eficiência do atendimento de emergência em situações delicadas envolvendo crianças.