Paulo Odilon Xisto Filho é acusado de homicídio triplamente qualificado e feminicídio pela morte da namorada, Isadora Viana Costa, em 2018.
Fotos: Redes Sociais Teve início na manhã desta quarta-feira (3), no Fórum da Comarca de Imbituba, o júri popular do oficial de cartório Paulo Odilon Xisto Filho, acusado de matar a namorada, a modelo gaúcha Isadora Viana Costa, de 22 anos.
O crime ocorreu em 8 de maio de 2018 e o julgamento pode se estender até a próxima sexta-feira (5).
Segundo o Ministério Público, o réu teria matado a jovem com golpes na região abdominal, após ela relatar à irmã dele que o namorado fazia uso excessivo de drogas e bebidas alcoólicas. O acusado chegou a ser preso duas vezes, em 2018 e 2019, mas atualmente responde em liberdade.
Xisto Filho é julgado por homicídio triplamente qualificado, com as qualificadoras de motivo fútil, uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio. Além disso, responde por fraude processual e posse ilegal de acessório de uso restrito para arma de fogo.
Em nota, a advogada Daniela Felix, representante da família da vítima, destacou o impacto da perda.
“A morte da Isadora despedaçou sua família. São mais de sete anos de espera pelo júri popular. É um caso clássico de feminicídio, em que a voz da vítima não pode mais ser ouvida. De janeiro a julho de 2025, só em Santa Catarina, 26 mulheres foram vítimas de feminicídio. A luta é pela Isadora e por todas elas”, afirmou.
Já a defesa de Xisto Filho, representada pelos advogados Aury Lopes Jr. e Ércio Quaresma, nega o crime e sustenta que a jovem morreu por overdose.
“Não fomos contra a transmissão do júri, ao contrário, pedimos que fosse transmitido pelo canal oficial do TJSC. Acreditamos que a transmissão à população mostrará que Isadora não foi assassinada, mas infelizmente sofreu uma overdose”, declarou a defesa.
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De acordo com a denúncia, o acusado conheceu Isadora em março de 2018, em Santa Maria (RS), cidade natal da modelo. Pouco tempo depois, no dia 22 de abril, ela aceitou o convite para passar alguns dias no apartamento do namorado em Imbituba.
Dias após chegar a Santa Catarina, Xisto Filho teria passado mal, e Isadora chamou a família dele. Após a irmã do réu deixar o local, o homem teria atacado a vítima, imobilizando-a e desferindo diversos golpes que resultaram em sua morte, conforme apontou o laudo cadavérico.
O júri segue em andamento e deve ouvir testemunhas, acusação e defesa antes da decisão final dos jurados.
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