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OPINIÃO

"O EXTREMISMO É UMA ESPÉCIE DE DEMÔNIO E DEVE SER EXORCIZADO" - por Benedito Dias

"O povo quer democracia, saúde, emprego, segurança pública e jurídica, desenvolvimento social, industrial, tecnológico, educacional, e dignidade humana"

Aparecida de Goiânia - GO, 01/11/2023 15h59 | Atualizada em 01/11/2023 16h00 | Por: Benedito Dias

Os últimos cinco anos da política brasileira foram marcados pelo extremismo exacerbado sob a égide do melhor para o país. De um lado o ressurgimento da extrema direita com discurso religioso destilando ódio, e no outro extremo, a esquerda correndo atrás do prejuízo depois de erros que a levaram à desmoralização. 

No mundo árabe o fundamentalismo religioso é um castigo especialmente para as mulheres. Elas só podem trabalhar com autorização masculina, não podem ir ao médico sozinhas, se vestem de preto com roupas longas e véu cobrindo a cabeça, não podem dirigir e só podem conversar em público com homens se forem da família. Por aqui o extremo é outro e nada que interessa ao Estado. O povo quer democracia, saúde, emprego, segurança pública e jurídica, desenvolvimento social, industrial, tecnológico, educacional, e dignidade humana. 

O extremismo seja ele de esquerda ou de direita, tende a criar divisões profundas na sociedade, promovendo ódio, desconfiança e ilustra a falta de consenso e polarização extrema nas discussões políticas do país. Preocupa saber quando é que a agenda política brasileira vai se debruçar sobre projetos que constroem. Custei acreditar quando um dia li uma proposta de “Educação Federal” de autoria do então senador Cristóvão Buarque.

Na minha opinião, um sonho para o sistema educacional brasileiro, de fato, era, porque, sequer entrou na pauta do Senado.  O Brasil padece com o descaso da saúde pública, apesar de muitos recursos e emendas abundantes, mas, sei lá, o pobre continua gemendo nas emergências dos hospitais públicos Brasil afora.

O extremismo beira a ignorância quando se ventila certas privatizações, inclusive, a do SUS. Vale lembrar que muitas delas são absolutamente necessárias, mas o Estado precisa ser forte em setores estratégicos e na assistência ao povo em face da má distribuição de renda. Não sei quem é mais pobre, se os pobres de riqueza ou se os pobres de coração.   
 
A polarização política, como a que se vê, prejudica o diálogo construtivo e à busca de soluções para os desafios do pais. Quando o discurso se torna extremo a ponto de demonizar o outro lado, a capacidade de encontrar pontos em comum e trabalhar em prol do bem, se esgota.

No contexto internacional a questão envolvendo Israel e Hamas é complexa e carrega histórias e tensões profundas. Nos últimos dias, chamou-nos a atenção as declarações da secretária Nacional de Finanças e Planejamento do PT Gleide Andrade (22 de outubro) em sua rede social que, de forma ignorante ou impensada, proposital ou odiosa, disse que Israel é uma vergonha para a humanidade e que não merece ser um Estado. A despeito de pouco trâmite da autora no meio político, sua fala repercutiu negativamente nas redes sociais, respingando críticas severas à esquerda brasileira. 

Um dia ouvi o saudoso Brizola dizer: “Eu venho de longe, deixe-me falar”!  Israel tem história e isso não quer dizer que os Palestinos não a têm, portanto, respeitar ambos é preciso.

A Palestina precisa ser um Estado para garantir a soberania do seu povo, assim como Israel, depois de desterrado pelo mundo, conseguiu o seu pedaço de chão, aliás, ao contrário do que muitos pensam, esse chão foi promessa de Deus - dono das terras do planeta - a Abraão, pai dos hebreus. Portanto, é ignorância política e histórica dizer que Israel não merece ser um Estado.

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O que impressiona é o ódio contra Israel.  A destruição da Ucrânia pela Rússia já dura 20 meses, com milhares de perdas humanas, quase oito milhões de refugiados e direitos humanos violados. Há outros países em guerras tais como Afeganistão com o Talibã; Azerbaijão com a Armênia; Colômbia com grupos rebeldes; Etiópia com a região de Tigray; Filipinas com grupos extremistas/separatistas; Iêmen com os rebeldes houthis; Líbia contra as forças do general Haftar. Criticar um país que luta contra grupos terroristas em defesa de sua soberania é estranho. 

Nada célebre, ignota, desconhecida até falar tolice. Pediu desculpas, mas quem leu seus comentários percebeu a insanidade. O texto bíblico de Mateus 12:34 vai dizer que “...a boca fala do que está cheio o coração”, portanto, falou tolice, destilou ódio, inflamou os cristãos e respingou no PT.

O segmento evangélico está se curando das feridas do último pleito eleitoral e declaração desse jaez, inflama, aguça, bagunça, arranca o cascão da ferida e sangra. Infelizmente tem líderes religiosos na trincheira só esperando o “inimigo passar”.

O governo precisa de paz, e igreja luta por isso desde o Calvário. Politicamente separada do Estado há muito tempo - divórcio que agradou a Deus – à igreja resta orar pelas autoridades e respeitar os poderes constituídos da República. 

Portanto, o extremismo e a polarização não contribuem para a estabilidade. É absolutamente necessário buscar o entendimento mútuo, o respeito aos direitos humanos e promoção de um diálogo construtivo para enfrentar os desafios tanto na política quanto nas questões internacionais, como o conflito no Oriente Médio.

O extremismo é uma espécie de demônio e deve ser exorcizado.

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