"A história dos conflitos entre judeus e os palestinos é ancestral, com relatos bíblicos que nos levam à Canaã, a terra prometida por Deus a Abraão cerca 1.800 anos a.C conforme descrito no Gênesis"
O conflito entre Israel e a Palestina é uma questão global que tem raízes históricas profundas, remontando além da criação do Estado de Israel em 1948. A região tem sido um cenário de conflitos, negociações infrutíferas há décadas. A preocupação de que esse conflito possa desencadear uma Terceira Guerra Mundial é de extrema seriedade e complexidade.
Diferentemente dos conflitos anteriores, a crise atual não é uma guerra entre judeus e os palestinos, mas sim um confronto direto entre Israel e o Hamas, uma organização de militantes sunitas que busca a extinção do Estado Judeu. O Hamas é considerado uma organização terrorista por muitos países, o que torna a situação ainda mais delicada.
A história dos conflitos entre judeus e os palestinos é ancestral, com relatos bíblicos que nos levam à Canaã, a terra prometida por Deus a Abraão cerca 1.800 anos a.C conforme descrito no Gênesis. Por motivos econômicos, como seca e fome, a descendência de Abraão buscou refúgio no Egito, onde foi submetida à escravidão por 430 anos. Em aproximadamente 1.300 a.C Moisés, um líder hebreu nascido no Egito, libertou os hebreus das mãos do Faraó e os conduziu ao deserto do Sinai, onde foram preparados para adentrarem a terra que lhes fora prometida e que estava sob o domínio dos filisteus. Etimologicamente, apesar de ainda controverso, o entendimento majoritário, inclusive bíblico, é de que palestinos (Palaestinus) e filisteus (Philistinus) têm origem comum.
A história dessas lutas é longa e pontuada por derrotas desoladoras e vitórias inacreditáveis, muitas vezes explicadas somente pela fé. A história inclui eventos significativos, como a destruição de Jerusalém cerca de 70 anos após a morte de Jesus, resultando na primeira diáspora dos judeus na era cristã.
No ano 132 d.C., Simão Bar Coziba, um zelote, liderou a Revolta de Barcoquebas contra o domínio romano na Judeia, ocorrida após decisão do imperador de tornar o helenismo como esteio cultural do Império Romano, a reconstrução de Jerusalém como uma cidade helenística, a construção de um santuário dedicado a Júpiter Capitolino, e ainda a proibição por decreto da circuncisão. Embora os judeus tenham sido vitoriosos e dominado Jerusalém temporariamente, em 135 os romanos a reconquistaram, matando homens, mulheres, crianças, e o messias-guerreiro Bar Coziba, Os judeus sobreviventes foram levados a Hebron para serem vendidos como escravos.
A Palestina passou por diversas mudanças de domínio ao longo dos anos, mas finalmente, em 1948, o Estado de Israel foi criado após séculos de luta e sofrimento. No entanto, a sua criação foi seguida pela insatisfação dos palestinos, culminando na Guerra da Independência que durou 15 meses e resultou na vitória de Israel.
Em 1967, Egito, Síria e Jordânia ameaçaram as fronteiras de Israel, desencadeando a Guerra dos Seis Dias. Novamente, Israel emergiu vitorioso, expandindo seu território. Em 1973, a Guerra do Yom Kippur teve início devido à construção de barreiras de proteção dos territórios conquistados na guerra anterior. Síria e Egito não aceitaram essa medida e declararam guerra em pleno sábado, dia sagrado para os judeus. O conflito durou 18 dias com mortes de ambos os lados e vitória de Israel.
Em 7 de outubro de 2023, uma nova fase perigosa do conflito teve início quando o Hamas atacou Israel de uma maneira sem precedente em sua história de confrontos com o povo judeu. A inteligência israelense aparentemente não conseguiu prever o ataque do Hamas, que envolveu assassinatos e sequestros.
O que o Hamas realmente busca com essa provocação? Dinheiro, território ou a criação de um Estado Palestino? A resposta parece ser outra. O Hamas é impulsionado por uma ideologia extremista que visa a destruição de Israel a qualquer custo, aliás, o Hamas parece ter interesse em atrair o exército israelense para a Faixa de Gaza, uma área sob seu controle, com o objetivo de causar mortes em massa dos palestinos. Isso não representa apenas um perigo para a população civil, mas também ameaça prejudicar o processo de paz em andamente entre Israel e a Arábia Saudita. Se Israel morder a isca, o risco de um conflito mundial é iminente.
A atual crise entre Israel e o Hamas causa preocupação global e exige abordagem diplomática. O risco de um conflito mundial não pode ser subestimado, haja vista a participação de atores internacionais.
A comunidade global deve trabalhar para encontrar soluções de paz e evitar o mal maior, pois a paz e a estabilidade na região têm implicações globais significativas. O futuro permanece incerto, e o caminho a ser seguido deve ser orientado pela busca da paz e da segurança para todos os envolvidos.
-Bacharel em Direito - UNIFAN - Centro Universitário Alfredo Nascer. – Aparecida de Goiânia – GO-Bacharel Livre em Teologia - FATHEO - Faculdade Teológica do Distrito Federal; -Ex-Secretário Municipal de Administração – Município de Paragominas – PA; -Ex-Secretário Municipal de Terras – Município de Paragominas – PA; -Ex-Assessor Parlamentar – Câmara dos Deputados; -Ex-Coordenador de Projetos da Secretaria do Trabalho – Aparecida de Goiânia – GO; - Compositor gospel.
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