A sexta-feira (22) em Garopaba começou pela estreia dos cabeças de chave do primeiro evento do World Surf League (WSL) Qualifying Series.
A “Capital Catarinense do Surfe” teve mais um dia de praia cheia e boas ondas na etapa de abertura do Circuito Banco do Brasil de Surfe. A sexta-feira (22) em Garopaba começou pela estreia dos cabeças de chave do primeiro evento do World Surf League (WSL) Qualifying Series.
Depois, as 32 participantes da categoria feminina fizeram suas primeiras apresentações nas direitas e esquerdas da Praia da Ferrugem. Apenas 16 seguem na briga do título e restaram 32 concorrentes no masculino, para disputar a quarta fase neste sábado (23) em Garopaba, a partir das 8h, com transmissão ao vivo pelo WorldSurfLeague.com.
As peruanas Daniella Rosas e Sol Aguirre fizeram os recordes femininos, conseguindo as maiores notas e somatórias das duas ondas computadas. Mas, todas as atenções da torcida que encheu a praia, foram para Sophia Medina e Silvana Lima. Sophia conquistou o título sul-americano da WSL Latin America duas semanas atrás e estreou com vitória em Garopaba. Ela foi cercada pelo público, tirando muitas selfies no caminho da praia até a arena do evento na Praia da Ferrugem.
“É um carinho muito especial, essa galera é muito carinhosa e me sinto superfeliz por eles admirarem o que eu faço. Fico muito grata e isso certamente me motiva mais”, disse Sophia Medina, que vai disputar o Challenger Series em maio na Austrália. “Esta é realmente minha última parada antes do Challenger. Mas, quero viver momento por momento, sem pensar muito lá na frente. Agora estou aqui, então vou fazer o meu melhor para conseguir um bom resultado e ir ainda mais motivada para o Challenger”, reforçou a irmã do tricampeão mundial Gabriel Medina, que volta a competir este ano, na etapa da Indonésia.
A recém-coroada campeã sul-americana profissional com apenas 16 anos, um a menos de quando seu irmão ganhou o primeiro dos seus dois troféus da WSL Latin America, vai disputar a terceira batalha por duas vagas para as quartas de final neste sábado. Será um grande teste para Sophia Medina, pois vai enfrentar as experientes surfistas olímpicas, Silvana Lima e a equatoriana Dominic Barona, ambas com dois títulos sul-americanos no currículo. A guerreira Juliana Meneguel completa esta bateria.
Silvana estreou no confronto Brasil x Peru que fechou a sexta-feira, conseguindo a última vaga para a segunda fase. A disputa foi vencida pela peruana Sol Aguirre, que somou uma nota 7,30 para atingir o maior placar feminino na Praia da Ferrugem, 14,13 pontos. Apenas ela superou os 13,74 que a também peruana Daniella Rosas, registrou na primeira bateria das meninas em Garopaba. Daniella foi a recordista de nota, com o 8,17 recebido pela esquerda destruída por uma série de batidas e rasgadas de backside. A peruana venceu as duas últimas etapas do QS que participou nas últimas semanas, na Praia Mole de Florianópolis e na Argentina.
“Estou feliz por ganhar a primeira bateria neste terceiro campeonato seguido, mas na verdade em cada um eu comecei do zero, então tem que ir passo a passo”, disse Daniella Rosas.
Daniella é uma das quatro classificadas pelo último ranking regional da WSL Latin America, para participar da batalha por dez vagas na elite feminina do Championship Tour de 2023. Além dela, a também peruana Arena Rodriguez e duas igualmente jovens surfistas do Brasil, Sophia Medina e a catarinense Laura Raupp, que ganhou sua bateria na sexta-feira. O Challenger Series começa com duas etapas seguidas na Austrália em maio, então o Circuito Banco do Brasil de Surfe é a última competição antes da viagem.
RECORDISTA DO DIA
Assim como na categoria feminina, o recordista do dia nas 16 baterias da terceira fase masculina, que abriram a sexta-feira na Praia da Ferrugem, foi um dos dez classificados pela WSL Latin America, para a divisão de acesso ao CT. Santiago Muniz é o único representante da Argentina no Challenger Series e fez a melhor apresentação dos homens, entre os 64 que competiram. Foi na última bateria, completando até um aéreo para atingir 15,50 pontos, igualando o 8,83 do paranaense Kainan Meira na quinta-feira, a maior nota do Circuito Banco do Brasil de Surfe.
“Primeiramente, quero agradecer a Deus por mandar umas ondas e eu poder aproveitá-las”, disse Santiago Muniz.
Santiago ficou em terceiro lugar na etapa que abriu a temporada 2022/2023 da WSL Latin America na Argentina, já valendo vagas para o Challenger Series do ano que vem.
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