Após semana de tempo quente e seco, nova frente fria traz chuvas a partir desta sexta-feira (13).
Nos últimos dias, o estado de Santa Catarina tem sentido os impactos das queimadas que ocorrem na região centro-norte do Brasil, além d Bolívia e Paraguai. A combinação entre uma intensa massa de ar seco e quente e a fumaça das queimadas tem causado uma piora significativa na qualidade do ar, principalmente nas regiões Oeste e Extremo Oeste catarinense.
A Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil (SDC), o Instituto do Meio Ambiente (IMA) e a Secretaria de Estado da Saúde (SES) emitiram uma nota conjunta alertando para os riscos à saúde pública, decorrentes da baixa umidade relativa do ar e da poluição atmosférica.
Desde domingo 8, o estado está sob um Aviso Meteorológico, com atenção voltada para as possíveis consequências à saúde, como desidratação, agravamento de doenças respiratórias e cardiovasculares, especialmente entre crianças, idosos e pessoas com doenças preexistentes.
De acordo com a Central de Monitoramento da Defesa Civil de Santa Catarina, o transporte da fumaça tem sido acompanhado em tempo real.
“Estamos monitorando constantemente as condições e o avanço da fumaça pelo estado. A situação requer atenção redobrada, principalmente nas regiões mais afetadas pela baixa umidade e pela poluição. A orientação é que a população siga as recomendações de proteção, especialmente as pessoas que fazem parte de grupos de risco”, afirmou o gerente do monitoramento e alerta Frederico Rudorff.
Segundo o Instituto do Meio Ambiente (IMA), a fumaça trazida pelas queimadas intensificou a poluição atmosférica. Estações de monitoramento do ar, localizadas nos municípios de Tubarão e Capivari de Baixo, registraram concentrações de partículas inaláveis (MP10) entre 80 e 130 μg/m³, valores que configuram um Índice de Qualidade do Ar entre moderado e ruim.
“Além da fumaça das queimadas alguns outros fatores também podem colaborar com o atual cenário como: a direção do vento que transporta os poluentes, a hora do dia que também pode influenciar na qualidade do ar e as condições atmosféricas como tempo seco que favorece a permanência do poluente em suspensão ou chuvoso que possibilita a limpeza do ar removendo partículas de poeira, poluentes e outras impurezas”, explica o diretor de Controle e Passivos Ambientais do IMA, Diego Hemkemeier Silva.
A Secretaria de Estado da Saúde alerta para que a população fique atenta para os sintomas que a baixa qualidade do ar podem causar: irritação nos olhos, nariz e garganta, além de cansaço e tosse seca. Grupos vulneráveis estão mais suscetíveis a problemas mais graves.
– Hidratação constante: Beba água regularmente, mesmo sem sentir sede.
– Ambientes internos: Utilize umidificadores de ar ou recipientes com água para melhorar a umidade dentro de casa.
– Evitar atividades ao ar livre: Especialmente em horários de maior concentração de poluentes.
– Uso de máscaras: Máscaras tipo cirúrgica ou PFF2 são indicadas para reduzir a exposição às partículas nocivas.
– Buscar atendimento médico:Se os sintomas respiratórios ou irritações persistirem, é aconselhável procurar assistência médica.
Nos últimos dias os ventos do quadrante norte mantiveram o tempo quente e seco em Santa Catarina, o que também favoreceu o transporte da fumaça das queimadas das regiões central e norte do país em direção ao estado. No entanto, essa situação deve mudar nos próximos dias.
Entre a sexta-feira (13) e o final de semana, o avanço de uma frente fria volta a trazer chuva e temporais para todas as regiões. Além disso, com a atuação desse sistema, os ventos, que antes sopravam de norte, passam a soprar do quadrante sul, mantendo a fumaça afastada de Santa Catarina pelo menos até o início da próxima semana.
Por conta da fuligem presente na atmosfera, há possibilidade da chuva apresentar cor escura, conhecida como “chuva preta”, em algumas áreas do estado, principalmente no Oeste catarinense, onde ingressa uma maior quantidade de fumaça. O fenômeno já foi registrado no Uruguai e Rio Grande do Sul nos últimos dias e ocorre quando há grande concentração de poluentes na atmosfera.
Além das chuvas, as temperaturas também mudam no final da semana. Depois de dias de bastante calor, com temperaturas acima de 30°C em grande parte do estado, o final de semana será de temperaturas mais amenas, com máximas em torno de 20°C.
A previsão indica que após um início de mês de pouca precipitação, as próximas semanas devem ser de chuvas mais frequentes no estado.
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