Porto de Imbituba recebe treinamento internacional de combate ao tráfico de drogas em navios

Nos últimos dias, o Porto de Imbituba foi palco de um treinamento internacional de combate ao tráfico de drogas.

A ação reuniu equipes especializadas do NEPOM da Polícia Federal de Florianópolis, da Polícia de Portugal, da Polícia Argentina e do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes no Brasil (UNODC).

A atividade focou na capacitação das equipes de mergulho de Santa Catarina para a varredura de entorpecentes em cascos de navios.

O exercício, realizado com o apoio de equipamentos marítimos e terrestres de alta tecnologia, dividiu as equipes entre dois navios atracados no porto.

A operação simulou buscas subaquáticas por compartimentos ocultos usados para transporte ilegal de drogas, uma das principais táticas do narcotráfico internacional.

“Receber uma operação desse porte no Porto de Imbituba reforça nosso compromisso com a segurança portuária e com o fortalecimento das ações de prevenção e combate ao crime”, avalia Christiano Lopes, diretor-presidente da SCPAR Porto de Imbituba.

Segundo o chefe do NEPOM, Tommy Ross Cardoso, o treinamento tem como objetivo “reforçar a segurança, prevenir o tráfico internacional de drogas e promover a troca de conhecimentos e boas práticas entre as forças policiais”.

O modelo catarinense de treinamento já é referência internacional, atraindo a atenção de outros países. Representantes da Polícia de Portugal participaram da atividade para conhecer de perto a metodologia adotada e os protocolos aplicados

“Estamos aqui para entender como o Brasil vem atuando e o que podemos levar como exemplo para nossas operações”, destacou um oficial português.

A escolha do Porto de Imbituba para a realização do treinamento se deu pelas características favoráveis da água e pela atuação da base NEPOM no local, que é referência nesse tipo de varredura e facilita as operações de mergulho.

A expectativa é que, em breve, os exercícios também sejam estendidos a navios fundeados ao largo da costa.

As capacitações acontecem anualmente e fazem parte de uma estratégia contínua de aperfeiçoamento dos profissionais envolvidos no enfrentamento ao crime organizado transnacional.