Samu se manifesta sobre morte de bebê em Tubarão; família da vítima acusa o Serviço de suposta negligência

A morte de um bebê de 11 meses, registrada no último domingo (13), em Tubarão, gerou comoção e levantou questionamentos sobre a atuação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Familiares da criança alegam que houve negligência por parte da equipe de emergência, que teria deixado de enviar socorro após ligações feitas ainda durante a madrugada.

Segundo os relatos da família, o bebê apresentava um choro contínuo e fora do comum, o que motivou a tentativa de contato com o Samu em busca de auxílio. A Superintendência de Urgência e Emergência (SUE), no entanto, informou que foram registradas apenas duas chamadas.

A primeira ligação ocorreu à 1h56, quando a solicitante relatou que a criança havia tido uma “quase convulsão” e mencionou um histórico de crises convulsivas em tratamento. De acordo com a SUE, o médico regulador entendeu que, por o bebê estar chorando, não havia sinais de uma convulsão ativa no momento da chamada, e por isso foram apenas repassadas orientações médicas por telefone.

A segunda chamada foi feita às 8h46 da manhã, informando que a criança estava em parada cardiorrespiratória. Imediatamente, uma ambulância UTI móvel foi enviada ao local. Apesar das tentativas de reanimação, o bebê não resistiu.

“Ao chegarem no local, os profissionais constataram a parada e iniciaram todos os procedimentos de reanimação cardiopulmonar, sem sucesso, sendo constatado o óbito no local”, informou a Superintendência.

A nota divulgada pela SUE afirma ainda que o Samu está apurando todos os fatos relacionados ao atendimento prestado e que as condutas dos profissionais envolvidos serão analisadas. Caso sejam constatadas falhas, medidas administrativas cabíveis deverão ser adotadas.

A situação segue sendo investigada, e o caso gerou grande repercussão nas redes sociais, com manifestações de apoio à família e pedidos por mais rigor na apuração da conduta dos serviços de emergência.