O ex-senador e atualmente vereador pela cidade de São Paulo, Eduardo Suplicy, em visita ao Estado, participou de encontro a na sede da FECESC, em Florianópolis, na última quinta-feira (12). Em pauta, a discussão sobre a Renda Básica de Cidadania para Santa Catarina. 

O ex-senador defende a causa da Renda Básica de Cidadania desde os anos 1990, quando o político conheceu um programa nos Estados Unidos que foi criado em 1982. Durante o encontro na capital, foi debatido avanço da fome e da pobreza extrema no país e o impacto disso na vida das famílias e, principalmente das mulheres.

Na oportunidade, Suplicy também fez o lançamento de seu mais novo livro, uma obra autobiográfica intitulada “Um jeito de fazer política”. Por sua trajetória de luta pela implementação de um projeto de renda básica de cidadania, Suplicy é uma das figuras mais respeitadas no Brasil.

O encontro foi promovido pela vereadora petista Carla Ayres e contou com a presença do vereador de Garopaba Jean Ricardo, líder local do PSB. Presentes também ao encontro, a ex-deputada, senadora e ministra Ideli Salvatti e o vereador do PSOL, Afrânio Boppré, que recentemente esteve com Jean Ricardo em duas cidades do Paraná, conhecendo de perto a experiência do Projeto Tarifa Zero, que oferece aos cidadãos transporte coletivo urbano gratuito, em implantação naqueles municípios. 

Aos 80 anos, Eduardo Suplicy é economista, administrador de empresas e professor universitário, tendo publicado mais de 10 livros, dentre os quais destacam-se “Compromisso” (1978, Brasilense); “Efeitos das Minidesvalorizações na Economia Brasileira” (1979, Fundação Getúlio Vargas); “Renda de Cidadania: A Saída é pela Porta” (2001, Cortez Editora) e “Um Notável Aprendizado: a busca da verdade e da justiça – do boxe ao senado” (2007, Futura).

Em sua mais recente obra “Um jeito de fazer política”, Suplicy narra diversos episódios que marcaram sua vida, como seu envolvimento com o grupo de rap Racionais MC’s, a amizade com Mano Brown, o dia em que dormiu na Casa de Detenção para evitar novo massacre de presos, e como conheceu e ajudou Anderson Herzer, a primeira pessoa trans no Brasil a escrever uma autobiografia. O rapper Mano Brown e o teólogo Leonardo Boff assinam os prefácios da obra.