Em Jaguaruna, uma sessão do Tribunal do Júri condenou Daniel da Rosa e João Santos a 13 anos de reclusão, em regime inicial fechado, por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

O crime ocorreu em março de 2013, na estrada geral do Arroio Corrente, quando Denilce do Nascimento conduzia sua caminhonete e foi assassinado com um tiro na nuca pelos dois réus, a quem ele dava carona. A vítima tinha apenas 33 anos de idade e deixou quatro filhos.

Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a dupla então carregou o corpo para caçamba da caminhonete e seguiu com o veículo até balneário de Dunas do Sul, 30 minutos distante da cena do crime. Lá ocultaram o cadáver e o veículo da vítima em meio à orla da praia.  

De acordo com a Promotora de Justiça Raísa Carvalho Simões Rollin, que atuou pelo MPSC perante o júri, o crime foi cometido mediante dissimulação e surpresa, que dificultou a defesa da vítima.

"Dênis, como era conhecido na comunidade, perdeu sua vida muito cedo, mas ao final seus assassinos foram condenados. Sua família esperou muito por esse momento e fico muito grata por ter contribuído para que essa justiça fosse feita", comentou.

O CRIME NOTICIADO À ÉPOCA

Por volta das 19 horas do dia 15 de março de 2013, foi encontrado morto um homem de 33 anos, em Jaguaruna. Populares acionaram a polícia porque o cadáver estava em uma camionete que encontrava-se abandonada e atolada na beira da praia, no bairro Dunas do Sul. A vítima foi identificada como em seguida como Denilce do Nascimento. Ele estava na caçamba da camionete, uma Toyota Hilux com placas de Jaguaruna, a qual era de sua propriedade. No entanto, segundo as investigações preliminares, a vítima pode ter sido morta no banco traseiro do veículo, onde foram encontrados projéteis de arma de fogo e muito sangue. O corpo apresentava, inicialmente, um ferimento na cabeça causado por disparo de arma de fogo.

Denilce não tinha passagens criminais. O corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) e a autoria do crime de homicídio será investigada pela polícia.