ESCOLA CÍVICO-MILITAR? Comunidade debate futuro da Escola Álvaro Catão em Imbituba

A possível transformação da Escola de Educação Básica Engenheiro Álvaro Catão, em Imbituba, em uma unidade do Programa Estadual das Escolas Cívico-Militares tem mobilizado professores, estudantes, pais e moradores da região.

A ideia surgiu a partir de uma indicação feita pelo deputado estadual Sargento Lima (PL) ao governo catarinense, no fim de março, e será debatida em uma reunião pública marcada para o dia 1º de setembro, às 19h, no Salão Paroquial da Vila Nova Alvorada (Divinéia).

De um lado, professores e alunos temem que a presença militar ultrapasse a gestão administrativa e interfira no pedagógico.

O professor Harley, de Geografia, chegou a reforçar em entrevista que a escola deve ser um espaço plural e democrático. Um abaixo-assinado já reúne assinaturas de estudantes, docentes e responsáveis pedindo que qualquer decisão seja tomada apenas após uma ampla consulta pública.

Por outro lado, os apoiadores da proposta acreditam que a gestão compartilhada poderia melhorar disciplina, segurança e comportamento dos alunos, além de reforçar valores como ética e respeito. Para eles, a mudança não substituiria o papel dos professores, mas ajudaria a criar um ambiente mais organizado.

A Secretaria de Estado da Educação informou que, neste ano, apenas duas novas escolas — em Timbó e Videira — passam a adotar o modelo, chegando a 17 em todo o estado. Sobre Imbituba, a pasta afirmou que não há previsão imediata de adesão, mas que a possibilidade não está descartada.

Enquanto isso, as discussões seguem ganhando força nas redes sociais e grupos de mensagens, evidenciando a divisão de opiniões em torno do futuro da escola.